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Entrevista | Vinicius Lummertz sinaliza para Doria e anuncia pré-candidatura ao Governo de SC

Por: Marcos Schettini
30/11/2021 17:04
Divulgação

“Nas próximas horas eu oficializarei minha pré-candidatura ao Governo do Estado de Santa Catarina pelo PSDB”, disse Vinicius Lummertz em entrevista exclusiva ao jornalista Marcos Schettini na tarde desta terça-feira (30). Em uma sinalização ao projeto nacional de João Doria, que no último final de semana venceu as prévias tucanas e foi confirmado como nome do PSDB à Presidência da República nas eleições de 2022, Lummertz colocou sua liderança à disposição de um projeto eleitoral em Santa Catarina.

Homem público experiente, foi ministro do Turismo do governo de Michel Temer, presidente da Embratur, de 2015 a 2018, e secretário Nacional de Políticas de Turismo, de 2012 a 2015. Ainda, foi secretário de Articulação Internacional e de Planejamento, Orçamento e Gestão no governo de Luiz Henrique da Silveira.

Formado na Universidade Americana de Paris em Ciências Políticas, Lummertz acumula cursos de gestão na Kennedy School da Harvard University e no IMD de Lausanne (Suíça). Lummertz é secretário de Turismo do Estado de São Paulo, na gestão do governador João Doria, e é uma das maiores autoridades em turismo do país. Ele afirma que esse aprendizado lhe credencia para participar de um projeto que desenhe o futuro dos catarinenses. Confira:


Marcos Schettini: O senhor acreditou muito na vitória de Doria nas prévias. Vai disputar o governo de SC?

Vinicius Lummertz: Sim, acreditei. Conheço de perto. Ele havia ganho duas prévias, e agora são três. Ele é determinado e vitorioso, um “João Competidor” - que faz o que precisa ser feito. Assim como os tucanos que foram às prévias, tenho convicção de que João Doria é de longe o melhor candidato a presidente da República - é realista e idealista como foi nosso comum amigo Luiz Henrique; por isso também é aquele que será estratégico na construção da 3ª Via desejada por quase 60% dos brasileiros, segundo as pesquisas, contra os populistas e enganadores do povo. Todos sabemos que nas eleições de 2022 as candidaturas nacionais vão, novamente, influenciar diretamente nas composições estaduais, especialmente para o Governo e o Senado. É natural, lógico e inteligente que o PSDB/SC venha a ter uma candidatura alinhada com João Doria. E nesta linha o partido tem bons nomes no Estado. Este é um motivo importante, mas não o único, para que nas próximas horas eu oficialize minha pré-candidatura, como já comuniquei à nossa presidente, deputada Geovania de Sá.

Schettini: Como o Sr. vai construir este espaço?

Vinicius: O espaço político está sendo construído como reflexo do bom resultado das prévias no Brasil e em SC para João Doria. Santa Catarina precisa voltar a ter o protagonismo e a gestão que teve, principalmente com Luiz Henrique, e força política em Brasília, para acabar com o abuso, o abandono e o escárnio do Governo Federal para com nosso Estado. Com João Doria presidente, Santa Catarina com certeza voltará a ter o lugar que merece no cenário nacional. João conhece, valoriza e admira os catarinenses. A Bia, sua esposa, é catarinense de Pinhalzinho, e seus filhos têm sangue catarina, como ele diz.


Schettini: O PSDB disputou com Paulo Bauer em 2014 e quase foi para o 2º turno. O que mudou?

Vinicius: Paulo teria sido um grande governador. Mas, depois, tudo mudou. O país ficou à deriva: enxotou o PT e a corrupção e ganhou um presidente que não trabalha, não é gestor, abandonou o país à própria sorte na pandemia, afundou a economia, trouxe de volta a inflação e a fome, aumentou o desemprego e enxovalhou o Brasil no cenário internacional - e fazendo galhofa. Quando o Brasil esteve assim, em décadas passadas, foi o PSDB que chegou para colocar o país nos trilhos, com o Plano Real, com a Lei de Responsabilidade Fiscal, com os Genéricos e agora com João Doria, o ‘pai das vacinas’, que estão salvando milhares de vidas e a economia do país. Imagine como o Brasil estaria hoje sem as vacinas.


Schettini: O Sr. vai conversar com o governador Carlos Moisés para apoiar Doria presidente?

Vinicius: Recebi do governador João Doria a delegação de ser o interlocutor junto ao governador Moisés, que não tem partido ainda e, sem dúvida, poderemos conversar no futuro, como também com outros interlocutores partidários.


Schettini: Um acerto Doria e Moro, o que muda em SC?

Vinicius: Na volta de Nova York, aonde foi abrir mais uma representação no exterior, ele falará com Moro, com Baleia Rossi e Simone Tebet [presidente nacional e pré-candidata do MDB a presidente] e talvez com Rodrigo Pacheco [presidente do Senado e virtual nome do PSD à presidência]. O derretimento do presidente Bolsonaro motivará uma boa chapa de centro liberal-social. Os diálogos acontecerão e terão impacto em SC.


Schettini: A ameaça da variante Ômicron pode mudar a realidade atual e tirar o samba da avenida em fevereiro?

Vinicius: São Paulo já tinha e avançou extraordinariamente na pandemia no que se refere ao acompanhamento científico e estatístico de epidemias, surtos, doenças, mutações de vírus, produção de vacinas. Há uma atenção permanente. Graças a São Paulo e a João Doria, o Brasil está entre os líderes de vacinação no mundo e, até aqui, as instituições científicas do exterior e do Brasil têm manifestado que as vacinas em uso são eficazes contra essa variante. Teremos capacidade para produzir até 2 milhões de vacinas por dia no Butantan. Mas, como disse, a atenção e a avaliação são permanentes, dia a dia. Só assim decisões podem ser tomadas. Nossa liberdade depende da nossa responsabilidade.

Schettini: Qual a realidade de SP que possa servir de exemplo para o Brasil e SC?

Vinicius: Hoje, sem dúvida, três pilares são exemplo: planejamento, gestão eficiente minuciosa e visão de futuro pensando grande. Com esse tripé, João Doria construiu em menos de 3 anos um Governo que tem mais de R$ 50 bilhões para investir em 8 mil obras, resultado de reformas administrativa e previdenciária profundas. São 200 mil empregos, o dobro de obras que o Governo federal está fazendo no Brasil todo. São Paulo ganhou o maior plano de inclusão social de um Estado brasileiro, o Bolsa do Povo, para atender os que mais necessitam. Ou seja, uma economia liberal, que prioriza a parceria privada e o empreendedor, mas tem ao mesmo tempo prioridade no que se refere à inclusão. Por isso São Paulo vai crescer mais de 7% neste ano e “puxar” o Brasil para mais de 4%, segundo as projeções. Tínhamos 356 escolas em tempo integral em 2019, hoje são 2030. Temos muito pra mostrar.


Schettini: O Sr. permanecendo em SP à frente da Secretaria de Turismo, não atrapalha suas iniciativas em SC?

Vinicius: Não, ainda, pois estamos em período pré-eleitoral e, pelo contrário, meu trabalho em São Paulo é muito importante para o país e para Santa Catarina, porque tudo o que é feito no maior centro econômico e industrial do Hemisfério Sul, impacta no país em no nosso Estado. Nos fins de semana, percorro Santa Catarina para falar com os tucanos e com os catarinenses, para aprender, para entender o que queremos e qual o melhor “plano de vida” para SC.

Schettini: Quais suas bandeiras para defender no debate eleitoral e onde elas são possíveis?

Vinicius: Santa Catarina precisa de um plano que anime o Estado no seu conjunto para além da motivação de cada um. É premente fazer planos concretos de Regionalização, integrando cidades, recursos públicos, investimentos privados e demais iniciativas de desenvolvimento econômico e social em cada região. Aliás, isso vem sendo feito no Estado de São Paulo com resultados excepcionais. Temos que empunhar também as duas bandeiras que João Doria anunciou como prioridade na presidência da República: educação e emprego com incentivos a investimentos. A gente já está riscando esse planejamento e, é claro, toda a experiência que vem desde o tempo da micro e pequena empresa, Sebrae SC e Nacional, ACIF, sete anos de secretariado de Luiz Henrique como secretário de Planejamento e de Articulação Internacional, criação da SC Parcerias, presidência da Embratur, ministro do Turismo e agora secretário de Turismo e Viagens, além da formação acadêmica em gestão pública no Brasil e no exterior, conta muito para que se desenhe um bom “plano de vida” para nosso Estado.


Schettini: O PSDB tem Marcos Vieira e Clésio Salvaro que apoiam Carlos Moisés. O que o Sr. vai falar para eles?

Vinicius: Serei sincero e respeitoso, pois Clésio e Marcos Vieira têm uma significativa história no PSDB, Marcos na Assembleia e Clésio como um dos melhores prefeitos do Sul do Brasil. Direi que a candidatura do PSDB com João Doria é a forma de revivermos os grandes sonhos de Fernando Henrique, Mário Covas e Luiz Henrique, que eram da mesma linhagem: realistas e sonhadores. Direi que com João Doria podemos sonhar com o PSDB catarinense no Governo do Estado como principal protagonista. E que neste novo quadro o PSDB/SC poderá crescer de dois deputados estaduais para quatro ou até mais; federais, de um para dois ou mais ainda. Diria a eles: vamos pensar grande e com respeito a todos.


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